A importância dos cuidados com a saúde bucal para pessoas com Diabetes

Hoje, 26 de junho o dia nacional do Diabetes. Para alertar os profissionais de Odontologia e os pacientes da relevância do tema, o Conselho Federal de Odontologia (CFO), por meio do CFO Esclarece, apresenta um artigo sobre a influência da saúde bucal na saúde geral dos pacientes, especialmente para aqueles com diabetes. Essa doença crônica, caracterizada pelo aumento dos níveis de glicose no sangue, está intimamente ligada a várias complicações bucais. Diabéticos são mais propensos a desenvolver complicações na cavidade oral. Esses problemas, se não tratados adequadamente, podem dificultar o controle da glicemia, criando um ciclo vicioso que compromete a saúde geral do paciente.

Diabetes é uma doença crônica caracterizada pelo aumento dos níveis de glicose no sangue, resultante da produção insuficiente de insulina pelo pâncreas ou da incapacidade do corpo de utilizar adequadamente a insulina produzida. Existem dois tipos principais de diabetes: o tipo 1, onde há pouca ou nenhuma produção de insulina, e o tipo 2, em que o corpo não usa a insulina de forma eficaz. A diabetes gestacional, que ocorre durante a gravidez, também é uma preocupação importante.

A relação entre diabetes e saúde bucal é uma via de mão dupla. Pacientes diabéticos costumam desenvolver com mais frequência gengivite, lesões de cárie e infecções orais, além de perda óssea ao redor dos dentes. Isso acontece porque a circulação sanguínea na região da boca é prejudicada pela condição, comprometendo a resposta imunológica e dificultando a cicatrização de lesões. Se a saúde bucal não estiver em dia, o controle do diabetes também pode ser afetado, criando um ciclo vicioso prejudicial à saúde geral do paciente.

A doença periodontal, que inclui gengivite e periodontite, é uma das principais complicações bucais em diabéticos. A gengivite, uma inflamação das gengivas, pode evoluir para periodontite, afetando os tecidos e ossos que sustentam os dentes. Além disso, infecções fúngicas, como a candidíase oral, são mais comuns em diabéticos devido ao sistema imunológico comprometido e à boca seca (xerostomia), uma condição frequente em pacientes com diabetes. Essas infecções não só são desconfortáveis como também podem dificultar a mastigação e a fala.

Para explicar esta correlação entre o diabetes e doenças da cavidade oral, o CFO Esclarece conversou com o Professor Associado Responsável pela disciplina de Periodontia da UFMS, José Peixoto Ferrão Júnior. Ele explica que “das mais comuns patologias sistêmicas que se relacionam com a doença periodontal o diabetes é a mais frequente. A relação do Diabetes Mellitus com a doença periodontal a muito é estudada. Apesar da microbiota bucal do paciente não diabético e diabético serem similares a resposta imune deficiente do hospedeiro parece ser fator de risco primordial para o desenvolvimento da doença periodontal, sendo um importante fator predisponente para a mesma. É certo que o nível de controle da glicemia interfere diretamente na predisposição do paciente a desenvolver doença periodontal, sempre na presença obviamente do biofilme dental. Pacientes com altos níveis glicêmicos são mais propícios a desenvolver a doença do que os diabéticos controlados ou não-diabéticos”. O professor explica ainda que isto “isso se deve diretamente a resposta imune do paciente, onde alterações neutrofílicas diminuem quimiotaxia, e consequentemente fagocitose, diminuindo a resistência do periodonto a instalação da doença. Também temos alterações como o aumento da produção de mediadores do processo inflamatório, que podem levar a alterações vasculares e influenciar na defesa local”.

Os tratamentos dentários também são afetados pela diabetes. Procedimentos como implantes dentários e cirurgias orais podem ter um risco maior de complicações em pacientes com controle glicêmico inadequado. A cicatrização lenta e o risco aumentado de infecção são preocupações significativas. “O paciente diabético controlado pode ser tratado de maneira convencional. Já o paciente diabético sem este controle adequado, deve ter um tratamento diferenciado em alguns pontos, entre eles a escolha do anestésico. Devendo evitar adrenalina, pois a mesma provoca a quebra de glicogênio em glicose podendo levar o paciente a um aumento da taxa”, explica o professor.

Para minimizar esses problemas, é essencial que pessoas com diabetes mantenham um rigoroso controle de seus níveis de glicose no sangue e adotem uma rotina de higiene bucal meticulosa. Isso inclui escovar os dentes pelo menos duas vezes ao dia com pasta de dente com flúor, usar fio dental diariamente e evitar o consumo excessivo de açúcares. Visitas regulares ao cirurgião-dentista são indispensáveis para check-ups e limpezas profissionais, permitindo a detecção precoce e o tratamento de quaisquer problemas bucais.

A integração nos cuidados envolve o trabalho multidisciplinar de diferentes profissionais da saúde, profissionais de saúde. Além dos cirurgiões-dentistas, acima citados, endocrinologistas, nutricionista, e outros profissionais devem trabalhar em conjunto para a obtenção de um melhor resultado. “É de suma importância ocorrer a interdisciplinaridade, e que todos os profissionais envolvidos conversem entre si visando o melhor resultado: a saúde do paciente”, conclui.

Em suma, os cuidados com a saúde bucal são essenciais para pessoas com diabetes, não apenas para prevenir complicações bucais, mas também para ajudar no controle geral da doença. Manter uma boa higiene bucal, realizar visitas regulares ao dentista e trabalhar em conjunto com outros profissionais de saúde são passos fundamentais para garantir uma qualidade de vida melhor para os pacientes diabéticos.

Mais de 150 mil carteiras em policarbonato entregues em todo o Brasil

O Conselho Federal de Odontologia (CFO) já deu início ao processo de entrega da versão física da identidade profissional da Odontologia – CFO-ID. Já foram entregues mais de 150 mil carteiras em policarbonato aos inscritos de todo o Brasil.

Saiba como solicitar a sua:
É importante que o profissional esteja com os dados atualizados e tenha a identidade digital, CFO-ID. A Identidade será entregue gratuitamente aos profissionais em todo o Brasil.

A ideia é unir em um único processo a emissão da carteira profissional em versões físicas e eletrônicas. Serão produzidas carteiras físicas em duas diferentes cores, conforme a categoria da inscrição de cada profissional.

O CFO acredita na modernização e evolução da odontologia, e para que isso aconteça, o Sistema Conselhos buscam sempre inovação e crescimento para a classe odontológica.

10 anos da lei do teste da linguinha, o que ainda temos que esclarecer

Dez anos após a promulgação da “Lei Federal, Nº 13.002/2014” que tornou obrigatória a triagem neonatal da anquiloglossia em recém-nascidos, em que o exame de avaliação deve ser realizado em todas as maternidades e hospitais do país, ainda suscita muitos questionamentos sobre uma excessiva e por vezes desnecessária, indicação de cirurgias de freio lingual em recém-nascidos.

O Conselho Federal de Odontologia/CFO e a Associação Brasileira de Odontopediatria / ABOPED atentos a isto, ao longo destes 10 anos empenhados em esclarecer e capacitar odontopediatras para que possam realizar o diagnóstico acurado, a indicação e a realização com segurança da frenotomia lingual no recém-nascido, destacam:

IMPORTÂNCIA DA AMAMENTAÇÃO

– A amamentação é fundamental na prevenção da morbimortalidade infantil a curto e médio prazo, e a longo prazo pode diminuir o risco de doenças crônicas e promover o padrão ouro de crescimento e desenvolvimento do ser humano;

HORA DOURADA

– A “Hora Dourada” é crucial para os recém-nascidos. O contato pele a pele mamãe e bebê imediatamente após o nascimento por no mínimo 1 hora, favorece o bebê se adaptar ao mundo extrauterino e iniciar a amamentação ainda na Hora Dourada;

DESAFIOS NA AMAMENTAÇÃO

– Aproximadamente 70% das mamães e bebês apresentam dificuldades na amamentação nos primeiros 3 meses pós-parto, e estas dificuldades precisam ser investigadas por uma equipe transdisciplinar;

ANQUILOGLOSSIA E AMAMENTAÇÃO

– A anquiloglossia (freio lingual curto ou “língua presa”), pode impactar negativamente a amamentação. A avaliação e o tratamento devem ser cuidadosos e individualizados e realizada por profissionais preparados e capacitados para isto;

FRENOTOMIA

– A cirurgia de frenotomia, para liberar o freio lingual, não é um “simples pique” como relatado por alguns profissionais. Sua indicação tem que ser precedida de uma criteriosa e cuidadosa avaliação e é recomendada apenas quando realmente for necessária e que sua realização tenha impacto positivo na amamentação do bebê.  Deve ser realizada por profissionais qualificados minimizando riscos.

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CFO promove aprimoramento da fiscalização por meio de fórum

Encerrou-se hoje (quarta-feira, 19.05) o Fórum Nacional de Fiscalização do Conselho Federal de Odontologia. O evento reuniu coordenadores de fiscalização e fiscais do Sistema Conselhos de Odontologia a fim de aprimorar a atividade finalística aos Conselhos Regionais.   

Com uma programação ampla, os dois dias de palestras e discursões contou com representantes do Sistema Conselhos, incluindo a Diretoria do CFO, Conselheiros Federais, Presidentes de CROs, Coordenadores de Comissões de Ética e Fiscalização e fiscais.

O primeiro dia de palestras, a finalidade foi sensibilizar os profissionais das necessidades e desafios da fiscalização, reforçando ainda, a autonomia e importância dos conselhos na elaboração e implementação da fiscalização em seus estados. Já no segundo dia, os debates abordaram boas práticas, estratégias, planejamentos e melhorias na fiscalização.

Alguns dos temas abordados, foram a capacitação contínua dos fiscais, o emprego de indicadores como ferramenta de monitoramento e a adoção de inteligência artificial para supervisionar as atividades nas redes sociais.

O presidente do Conselho Federal de Odontologia, Juliano do Vale, enfatizou a importância do evento para o fortalecimento da odontologia brasileira. “Eventos, como o Fórum Nacional de Fiscalização, desempenham um papel crucial para consolidação e padronização da fiscalização nos estados. Fiscalizar o exercício profissional é a missão primordial dos Conselhos, por isso, a unicidade promovida pelo aprendizado disponibilizado deve promover uma Odontologia mais segura, tanto para pacientes quanto para os profissionais. Em parceria com os Conselhos Regionais vamos promover cada vez mais melhorias nos protocolos de fiscalização”, explicou.

Para o vice-presidente do CFO, Nazareno Ávila, o Fórum permitiu uma compreensão mais aprofundada dos processos fiscalizatórios. “Fiscalizar é garantir que a prática odontológica siga as regulamentações éticas e legais e o Fórum Nacional de Fiscalização assegura essa troca de experiencia e aprimoramento das estratégias, garantindo a padronização e alinhamento da atividade fiscalizatória aos Conselhos Regionais sempre tendo como finalidade a proteção da sociedade e do bom profissional”, afirmou.

Sistema de fiscalização profissional

A missão do Sistema Conselhos é a fiscalização, ação que garante a qualidade dos serviços odontológicos no Brasil, assegurando também, que os profissionais e instituições mantenham os padrões éticos e técnicos exigidos pela legislação, a fim de prestar o melhor atendimento à população.

O Papel do CFO diante da fiscalização é regulamentar e normalizar o exercício profissional. Cabe ainda o controle do trabalho realizado pelos Conselhos Regionais e os julgamentos em segunda instância dos processos instaurados.

Aos Conselhos Regionais de Odontologia, cabe a função de ações fiscalizatórias, em consultórios, clínicas e outros locais onde há o exercício da profissão, realizando a verificação do trabalho, do respeito às normas regulatórias e ao Código de Ética Odontológica, julgando e aplicando sanções quando necessário, em primeira instância.

CFO realiza Fórum Nacional de Fiscalização

Teve início ontem, terça-feira (18/06), em Brasília-DF, o Fórum Nacional de Fiscalização do Conselho Federal de Odontologia (CFO), cujo objetivo é capacitar coordenadores de fiscalização e fiscais do Sistema Conselhos de Odontologia e aprimorar a atividade finalística aos Conselhos Regionais, a Fiscalização do exercício profissional. Com uma programação de dois dias de palestras e debates, o evento oportunizará aos participantes o aprimoramento no processo da fiscalização.

Além dos profissionais vinculados a fiscalização dos Conselhos, o evento reúne conselheiros federais, Presidentes, representantes dos conselhos regionais e especialistas na área. O fórum, além da capacitação técnica, também promove a troca de experiências e a discussão de melhores práticas, buscando sempre a excelência na fiscalização dos serviços odontológicos em todo o país.

O Presidente do CFO, Juliano do Vale, ressaltou a importância da padronização na fiscalização. “Este encontro é uma forma de unificar a rotina e aumentar ainda mais a segurança entre profissionais e pacientes no exercício profissional. Durante esses dois dias, teremos palestras, oficinas e diversas atividades para fortalecer a principal missão dos Conselhos de Odontologia”, enfatizou.

Para o Conselheiro Federal e Coordenador da Comissão de Acompanhamento e Monitoramento da Fiscalização, Élio Silva Lucas, o fórum é uma oportunidade para destacar a fiscalização como uma missão precípua do Conselho. “Sabemos que nossa missão é a fiscalização. Reunir todos os estados em uma só proposta é muito gratificante. Desta forma, buscamos uniformizar todos os procedimentos fiscalizatórios, aprimorando cada vez mais a fiscalização em todos os estados da federação”, afirmou.

Entendendo o sistema de fiscalização

Entidade reguladora e fiscalizadora do exercício profissional, o Sistema Conselhos, desempenha um papel crucial na garantia da qualidade dos serviços odontológicos e, suas ações, asseguram que tanto os profissionais quanto as instituições mantenham os padrões éticos e técnicos exigidos pela legislação, garantindo um atendimento de qualidade à população.

Aos Conselhos Regionais cabe a função de ações fiscalizatórias, em consultórios, clínicas e outros locais onde há o exercício da profissão para verificar o trabalho e o respeito as normas regulatórias e ao Código de Ética Odontológica, julgando e aplicando sanções quando necessário, em primeira instância.

O Conselho Federal é responsável por determinar regulamentações e normas do exercício profissional. Cabe ao CFO também, o controle do trabalho realizado pelos Conselhos Regionais e os julgamentos em segunda instância dos processos instaurados.

O Fórum de fiscalização está sendo transmitido on-line para os fiscais em seus Estados.